Ela continua á espera, não sabe ao certo do que mas continua esperando o inesperável ...
Por fora sussurra uma escuridão abstrácta, que quer dizer tudo mas não diz absolutamente nada ... Por dentro tem o odeo, a raiva, grita, cada vez mais alto, grita como se não houvesse amanha, pede ajuda para curar feridas que nem sabe como foram feitas, de um momento para o outra as cicatrizes abrem-se, as lágrimas escorrem, os desejos permanecem, alimentando-se de meras memorias . . .
Tem saudade do que nunca teve! Será isto possível? Ter saudade de algo que nunca nos pertenceu? Pois, mas ela tem, tem saudades de um sorriso, de um abraço, de uma conversa, das brincadeiras, tem saudades de tudo, mas como é que é possível se ela nunca teve nada?
Já está a ver o fim, mas ainda não viu o princípio, já esta a dizer adeus, sem ter dito um " olá "... E ela, ela continua sem perceber porque, porque é que tem de haver uma despedido antes de um começo. ela já tem saudade do que não era, ela já tem saudades do que não lhe pertencia, ela já tem saudades de passeios ao luar, de coisas que, para muito são insignificantes, ela já tem saudades tuas, porque quizes-te por um ponto final quando ainda só tinhas escrito uma frase . . .
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